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Tradição e cultura nordestina são mote das apresentações culturais da Reditec 2023

Cordel, música e dança tiveram espaço

Publicada por Cleyton Nascimento em 08/11/2023 Atualizada há 6 meses, 1 semana

O palco Pitimbu recebeu no segundo dia de programação da Reditec, uma apresentação cultural composta pela rica tradição nordestina da literatura de cordel e música com os poetas Herculys França e Antônio Francisco. A apresentação deu espaço aos causos, contos e vivências dos artistas, do seu povo e da sua região. “A literatura de cordel foi o que aprendi pelas calçadas da vida, o cordel é o livro do sertão e é uma honra estar apresentando minha arte em um evento que recebe pessoas de todo o país”. Autor dos livros: Dez cordéis num cordel só, Por motivos diversos, Veredas de Sombras, Sete contos de Maria e O olho torto do rei, Antônio Francisco divide o palco com Herculys.

Poeta popular, cordelista, xilógrafo e compositor, o mossoroense Antônio Francisco começou a escrever e a publicar seus primeiros trabalhos aos 46 anos. Hoje, aos 74, muitas de suas obras são estudadas por estudantes, professores, pesquisadores e compositores do RN e todo Brasil. O poeta tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel em 2006. Ocupando a cadeira nº 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré, Antônio Francisco segue dando grandes contribuições para a renascença e consolidação da Literatura de Cordel.

Já Herculys França, incentivado por seu pai, já na infância começa a viajar pelos os acordes da música nordestina. Na adolescência conheceu a literatura ainda através do seu pai que, além de artesão, também era poeta. Sua forma de expressão artística dialoga com essas duas matrizes, a música e a literatura sempre estiveram presentes na sua vida e talvez tenha servido de consolo para as tamanhas dificuldades sociais que o destino reservou para ele. Enquanto artista se apresenta pelos eventos culturais da região como músico e declamador, é considerado um fenômeno norte-rio-grandense pela forma que se joga ao palco.

No final da tarde da terça, o grupo Congos de Combate, encerrou as atividades da programação do segundo dia. O “Auto dramático dos Congos de Combate de São Gonçalo do Amarante”, nome oficial do grupo, realizou um cortejo pelos corredores do Pavilhão Morton Mariz do Centro de Convenções. A dança é formada por dois grupos: do Rei Congo e do Embaixador da Rainha Ginga, os quais, por meio de diálogos, realizam as embaixadas. Figuram príncipes, ministros, o general da rainha e os figurantes, com seus adornos multicoloridos que dançam e reproduzem o choque das armas, conhecido como dança das espadas. O cortejo é executado por uma corte de 15 pessoas.

Apresentações culturais

Na apresentação do grupo, destacou-se que “Segundo estudiosos em cultura popular, o grupo Congos de Combate, folguedo centenário, mostra, por meio de mitos, danças, ritmos e oralidades, a beleza da cultura potiguar e suas influências na formação do povo brasileiro”.

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